terça-feira, 20 de outubro de 2009

Normal Ausencia

"E se pra você for fácil
O que para mim foi tão difícil esquecer
E se pra você for rápido
Os segundos que pra mim
insistem em não ceder

E se pra você for paz
O silêncio que me atormenta em manhãs sem sol
E se pra você for tanto faz
O que pra mim ainda tem tanta importância
Será que assim, cedo
tudo estaria tão igual?

E se pra você for perto
A distância que nos separa agora
E se pra você não for certo
Tudo isso em que eu ainda tanto acredito
Enquanto chove lá fora

E se pra você for igual
O que para mim faz toda a diferença
E se pra você se tornar normal
A anormalidade da minha ausência?"
"Essa é só pra quem tem conta "pindurada" no bar
Pra quem sabe que sua mina pra outro vai dar
Pra quem sabe disso tudo sem se esquecer
que nesse mundo ninguém é de ninguém
Pois afinal ela pode dar pra outro
mas alguém eu acabo comendo também

Essa é só pra quem não tem um puto no bolso
Só pra quem está acostumado a comprar cigarro solto
Afinal nesse mundo você só vale o que tem...
Olhe só como eu fico com uma nota de cem"

By: Denis Theater, Binho Ferreira+Intervenção Ricardo Gambiarra, Dênis Theater

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

"Meu eu"

Apagaram as Luzes dos meus sonhos
Me fizeram acreditar
Que o meu valor, eu já não tinha não
fecharam as portas do meu mundo
Mas eu não desistí
Queria meu encontrar
mudei o livro de viver
E voltei a criar
Eu voltei a criar...

Que o tempo passa eu sei
Já sei o que é viver
Se tudo que me aconteceu
me bastou pra aprender
Se nuvens de poesia
se transformam em canções
Me dê motivo pra evitar a chuva!
Pois eu não desistí
Me cansei de procurar
Fechei as portas dos meus medos
E voltei a sonhar.

O tempo passa, eu sei
Já sei o que é viver
Se tudo que me aconteceu
me bastou pra aprender
Se nuvens de lágrimas
se transformam em canções
Me dê motivo pra evitar a chuva!!!
Mas de tí desistí
Já nem queria mais te achar
Fechei as portas pra você
E voltei a me amar."

terça-feira, 13 de outubro de 2009

...Resgate...

"Eu Sentí medo
do quanto temí notar
Que o meu maior pesadelo
Era aquele em que eu insistia em me encontrar:

E todos foram pra lá
E todos saíram daqui
Na noite que não terminou
quando sua paz acabou.
Com tantos tão piores que você
Mais uma vez o caldo ferveu
E todos os tiros buscaram seu queixo
O medo voltou e o perigo renasceu
Quando sua cabeça se lembrou,
do quanto você adora morrer...

A hora que você tanto temia chegou
Pois eles vieram pra te buscar
Também, pudera. Seu acerto de contas até que demorou
Eles esperaram tanto pra voltar,
Cheios de raiva e cegos por dever
Vieram buscar sua alma e seu sonho
Aquele que você barganhou na escura esquina lá atrás
num banheiro especial de um bar qualquer.
Por um preço tão baixo, o sonho acabou.
foi você mesmo quem programou o despertador...
E pediu mais.
Faça suas preces e prepare a depedida dos que ama
Peça mais, pois o seu estoque acabou
no mesmo dia em que o pagamento atrasou
Eles querem o preço você tanto insistiu
no prazo que você nem combinou, se esqueceu
Querem as sobras de seu sorriso, sua alma
tudo o que você prometeu.
Anjo caído de meias palavras
filho perdido que não soube voltar
E contiua pedindo mais.
e pedirá de novo se deixar...

Anjo caído de meias palavras
e sonhos incompletos
Viram você fugindo de seu escuro, sua sombra
Viram como pediu pra morrer
Naquela tarde dormiu por horas e horas
pedia mais.

Criou tantos fantasmas que eles disputavam
minha poltrona como loucos
Não me deixaram nem com o lençol
tantos que não lhe deixaram outra opção
você pediu mais.
Criou os próprios fantasmas
que trazem pesadelos tristes e sombrios
Foi quando se viu implorando morte, fim... mais!!!
Assim, tão sozinho e triste. Assustado e recluso

Para tudo há opções e você fez as suas
E agora não há mais tempo e nem desculpas
Agora o tempo acabou,
e você tem mais:
O relógio se cansou, o mundo com seu tudo se cansou.
Você se deu o luxo de escolher
foi egoísta e inconsequente o bastante para querer
Morrer jovem e sozinho.Sem nenhuma mão.
Sem nenhuma chance para aqueles que tentaram lhe dar amor.

Medo, pavor, escuro, reclusão e escolha
Explodem em raios sobre tua cama
Jogam pedras nos que lhe deram a mão
inflam teus vasos sanguíneos e explodem o teu coração.
Criam monstros líquidos e negros
que escorrem pelas paredes e planam sobre as narinas
que exalam ar frio, triste.
Dissolvem toda a pequena porção de veloz felicidade
que jazia num pote qualquer de tua extinta essência.
E é aí que você escapa. Já não quer mais...

Tudo na vida é opção,
você escolheu um mundo, triste, sem cores e sem luz.
Você sempre quis mais, porque a treva o seduz.

E o sonho acabou num país triste e sem amor
de um planeta que você criou para seus amigos
mas ninguém compartilhou. E acabou frio e tenso

Uma hora da manhã. Eles não tardam a chegar
Todos aqueles que o acompanharão virão lhe buscar
Num barco pequeno e velho."

"Por onde você andou?
Acendí a luz e não ví teus olhos
Piscando daquele jeito que me faz rir:
Tão rápido que não consigo acompanhar.
Porquanto tempo DormÍ?
Parece estranho
mas sinto o quarto tão escuro
Só sei que você está pelo seu cheiro
Seu ar de Hortelã e outras ervas.
Me sinto tão vazio
Queria luz mas só sinto frio,
estou tão gelado
Porque você não voltou a tempo?
Antes de a tormenta começar."


"Um dia ela aparece, um dia ela volta. Com os ventos mais incidentes do que nunca, uma dia ela volta."

sábado, 10 de outubro de 2009

"Mais saudade"

"Dias intensos, dias bons
Dias de sonhos, de vida!
O final da década de noventa
passou com uma nova geração
Reunidos, na quadra de um parque
No coração do capão.
Com seus galões de vinho
Seus sorrisos de diamante
E seus violões de madrugadas...
Uma geração da qual fiz parte
Uma geração que aprendeu a fazer arte.
Seja no parque, pulando o muro
Na serra atravessando os trilhos que levam ao mar
No trem,nos trilhos,pedindo carona, nos lírios.
Ou simplesmente no capão,no fliperama "QG" juntos,
só estando. Por estar.
Uma geração da qual me orgulho
por ter particidado, ter vivido
meus primeiros devaneios
meus primeiros amigos..."

"Tenho tido muitos motivos para me entristecer
Nesses dias tão estranhos,
de muito sol, muita chuva muito e frio.
Até que tentam passaram despercebidos
mas agora eu descobrí o porque
É que os céus estão em festa novamente,
Pois levaram mais um dos nossos
E meu coração sente uma amargurada
sensação de alerta, porém de paz.
Confusão minha
essa confusão que sou... aumenta nesses dias
Sinto falta de meus amigos
Principalmente dos que estão indo.
Brindo mais um anjo que agora olha por nós
e brindo com um copo de lírios.
Meu coração está ferido e confuso
meu amor se foi...
Mas não vou me queixar
brindo e canto "Light my fire"
com um copo de Lírios.
Brindo e imagino
o Bezerra chegando lá em cima
e causando confusão, cantando o "Tan, dandandan..."
sem parar e fazendo o paraíso inteiro sorrir.
Brindo meu amigo que vai, mais um que vai
e a todos que já atravessaram para o outro lado.
Todos os que me inspiraram, me acompanharam
Que estão longe de nós,
que me fazem invejar os céus novamente."

* A lágrima que discretamente teimou em descer pelo rosto não conseguiu chegar ao chão. Foi surpreendida pelo esboço de sorriso que surgiu antes que ela.*

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Esperar

Enquanto o sol rabisca o céu
Eu fico a esperar
O crime que você cometeu
Ninguém vai te culpar

E se me deixarem entrar no céu
Aprenderia esperar?
O que eu carrego na alma
Nunca teve calma

Ela sabe o caminho de volta
Mas não quer voltar
E eu continuo com as portas abertas
E as trancas alerta

Deserto está o céu
Eu insisto em esperar
Uma certeza qualquer
Um anjo para me salvar

E quando cair o céu
Em que adiantou em esperar?
Eu já não sei mais quem eu sou
E você como está

Ela sabe o caminho de volta
Mas não quer voltar
Eu continuo com as portas abertas
E as trancas alertas

Mas porque você não volta
Se a saudade sempre vem
Façamos uma troca, você volta
E deixa a saudade com alguém

Ela sabe o caminho de volta
Mas não quer voltar
Eu continuo com as portas abertas
E as trancas alertas



By DenisTheater

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"O palhaço e a Estrela"

"Palhacinho, nariz vermelho sozinho no picadeiro
com as luzes baixas e os olhos fechados
Ele sorrí, amarelo sorriso
sorrí para o nada...E começa a girar e girar
Por entre os céus onde costuma passear
Gira tanto que fica tonto
Ele mantém os olhos fechados, senta e suspira.
Pois no meio de seu passeio pelo céu
Acabou descobrindo uma estrela
a mais brilhante estrela que já viu.
Ficou alí, sentado em seu banquinho
E aproveitando cada sensação
No meio do picadeiro, agora o sorriso é de paz
E, de agora em diante, ele sempre irá querer
Visitar aquele céu, girar naquele sentido
Pois não irá esquecer jamais
da sensação boa que aquela luz lhe traz.
Na platéia, assentos vazios
E ele se vê sorrir novamente
E ele faz sorrir
e o mundo inteiro sorrí com ele
Pois ele viu uma estrela
E ele pode voltar a sonhar
Com seu nariz vermelho
Sozinho no picadeiro."